terça-feira, 30 de novembro de 2010

Fé e autoestima para vencer o gigante

Confiança em Deus e auto-confiança. É disso que trata uma das histórias que mais me influencia na Bíblia. A história de Davi. Especialmente o episódio onde ele derruba Golias. Essa história é narrada em 1 Samuel 17.

É impressionante a forma como o jovem futuro rei de Israel se apresenta diante de Saul. Com a confiança típica de quem já tem tudo sob controle. Mas ele era apenas um adolescente que caiu quase que de pára-quedas no meio daquela confusão toda. Davi confiava muito em si mesmo. Isso ele não escondia. Para ser autorizado a enfrentar o gigante ele argumentou com o rei de que já havia vencido leões e ursos selvagens em seu ofício de pastor de ovelhas. Era realmente um jovem muito valente e talentoso no que diz respeito à arte da batalha. E naturalmente, ele sabia disso e confiava bastante em si mesmo. O suficiente para pedir ao rei Saul autorização para degolar mais um inimigo corriqueiro de seu dia a dia, por acaso, um gigante que ameaçava escravizar todo o povo de Israel.

Sua outra fé inabalável era em Deus. Me impressiona o contraste de atitude dos soldados do exército de Israel que amarelaram diante do gigante e a atitude de Davi.“Quem é esse filisteu incircunciso para afrontar o exército do Deus vivo?”, exclamou Davi assim que soube do que se tratava aquela confusão. A única explicação para a atitude tola desse jovem (ok, convenhamos que não é normal um pequeno guri partir pra cima de um soldado gigante inimigo) é que ele realmente não via as coisas do ponto de vista das demais pessoas.

Enquanto todo mundo olhava para Golias e via um gigante invencível que estava a ponto de subjulgar a nação Israelita, Daví via as coisas de um modo completamente diferente. Golias era apenas um “incircunciso” que merecia, no minimo, pena de morte e daquelas bem humilhantes, por afrontar o povo de Deus. É nessa hora que eu me pergunto: porque eu deixo as coisas terrenas desse mundo, as cricuntâncias aparentes, as dificuldades, ou seja, os “gigantes” da minha vida, me amedrontarem? Onde foi parar a miha fé? Será que eu esqueci das palavras do mestre que diz que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus”?

Confiar em meus talentos, dons, forças, virtudes é bom. Mas confiar em Deus é melhor ainda.

autor: Kennedy Lucas

blog fonte: http://coracaojovemblog.wordpress.com/

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Ser jovem sem deixar de Ser santo

Santidade tema que hoje é tabu para muitos jovens, muitos já se perguntaram se é possível ser jovem e santo ao mesmo tempo, alguns que afirmam que isso é impossível, e outros mostram que isso é possível e mostram além, que não só é possível, mas necessário.

Quando dizemos a palavra santo, logo nos vêm a mente, os padres, bispos, freiras, religiosos e religiosas mas, nunca nos vêm a imagem de um rapaz andando de skate ou então de um jovem como eu e você que estuda, que sai aos fins de semana com os amigos, dá risada e se diverte.

Hoje ser santo não é mais privilegio desses religiosos ou religiosas, nem de padres e bispos, hoje santidade é nosso dever, precisamos ser santos, necessitamos ser santos, ser santo hoje não se resumi em ir à Igreja todos os dias e ficarmos lá durante horas e horas de joelhos apenas rezando, ser santo hoje não impede você de sair pra uma balada com os seus amigos, e dar umas boas risadas, ser santo não implica onde você vai e com quem vai, ser santo implica no que você faz ou deixa de fazer, implica nas suas atitudes, implica em ser você sem deixar de ser de Deus, implica em ser correto e ético segundo os preceitos que seus pais te deram desde quando era criança e segundo os preceitos de Deus, ser santo é ser a presença de Cristo na vida dos outros.

Como disse- nos o Papa João Paulo II em sua carta a juventude “Precisamos de Santos sem véu ou batina, que usem calças jeans e tênis, que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos....” é isso o que precisamos, de jovens dispostos a serem jovens e serem santos ao mesmo tempo, jovens que estejam dispostos a mostrar para o mundo que santidade não tem idade, que santidade não é exclusividade de religiosos, que santidade está ai pra todo mundo. Que pra ser santo precisamos apenas buscar.


Luis Missao

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Como a igreja está acolhendo os jovens?

Pergunta difícil de ser respondida principalmente pela pluralidade que ela traz nas principais palavras: IGREJA E JOVENS.
Somo uma só Igreja, mas diversos são os jeitos de nos organizarmos e como Igreja nós temos variadas formas de entender a vida em comunidade, apesar de seguirmos o mesmo Evangelho e a mesma doutrina, nossa Igreja é enorme e muito plural. Por falar em pluralidade precisamos também dizer que falar de juventude é lembrar toda a diversidade que ela traz consigo e por isso é preciso muito cuidado para responder essa questão.
A Igreja começa a conhecer e a organizar os jovens através da Ação Católica Especializada, onde tínhamos os grupos JAC, JEC, JIC, JOC e JUC, os quais trabalhavam com os jovens das realidades: agrária, estudantil, independente, operária e universitária respectivamente. Essa foi a primeira forma que a Igreja encontrou para acolher e cuidar da juventude daquela época, depois vieram as herdeiras dessa organização que foram as Pastorais da Juventude: a PJMP, para organizar os/as jovens das classes mais populares e dos setores da sociedade mais excluídos e esquecidos, a PJE, para articular os/as jovens da escola, a PJR para envolver os/as jovens do campo e a PJ para acompanhar os/as jovens dos grupos das comunidades.
Assim foi por muito tempo o jeito que a Igreja adotou para revelar o seu rosto jovem e nesses grupos através de vários elementos pedagógicos e proféticos foi formando jovens protagonistas, conscientes e construtores/as do Reino de Deus, da tão sonhada Civilização do Amor.
Com o passar do tempo a Igreja foi encontrando outras formas de acolher e organizar a juventude, daí foram surgindo vários grupos, movimentos, novas comunidades, congregações, etc. As Pastorais da Juventude não perderam o seu espaço, mas foi aprendendo a partilhá-lo com as inúmeras expressões juvenis que foram aparecendo pelo caminho. Com essa diversidade de formas de organização, os/as jovens passaram a de forma livre, quando é possível, escolher o grupo com o qual se identifica e através dele viver o seu jeito de ser Igreja e de encontrar-se com Jesus Cristo.
O perigo é quando a Igreja não está pronta para acolher essas diversas expressões e põe entre os grupos métodos de comparação e até mesmo de hierarquia. Não nos cabe determinar qual é a melhor forma de se organizar e acolher a juventude, é preciso nos preparar para que consigamos dialogar com esses/as jovens e apontar para eles/as caminhos que proporcionem uma formação religiosa e social que lhes promovam um amadurecimento no processo de educação na fé.
Pesquisas apontam que a grande maioria dos/as jovens acredita em Deus, mas não possuem vínculos de compromisso com as religiões. Penso que esses dados nos desafiam quando propomos através da Igreja uma vivência do/a jovem com Deus e a juventude, mesmo crendo em Deus, não encontra na religião um espaço interessante e atraente.
O que nos falta? Pensando nessa questão gostaria de apontar algumas questões fundamentais: Promover espaços de escuta onde os/as jovens possam partilhar as suas vidas, ajudar ao jovem a perceber o valor e a beleza da espiritualidade enraizada, inculturada e libertadora, não fazer pelo/a jovem respeitar o protagonismo da juventude, estimular a construção de projetos de vida pessoais e comunitários, incentivar espaços de reflexão e aprofundamento das questões de afetividade e sexualidade, derrubar as cercas e ir ao encontro dos/as jovens em suas realidades, formar lideranças coerentes e testemunhas da sua fé, valorizar e apoiar as diversas iniciativas artísticas do mundo juvenil e estimular a juventude a viver bem a sua militância assumindo uma causa para doar a sua vida e para colaborar na construção do mundo mais justo e mais pacífico como todos/as sonhamos.
Como Igreja nós estaremos acolhendo cada vez melhor a juventude quando amarmos de forma incondicional, gratuita cuidadosa e respeitosa cada um e cada uma que se coloca a disposição para somar nesta comunidade de discípulos/as missionários/as de Jesus Cristo.


Fonte: http://pj.org.br/
Blog fonte: http://crismapsbento.blogspot.com